Ben-Hur

(Ben-hur, 1959, 212 min)
Sim, meu amigos, vocês leram corretamente: 212 minutos de um filme que marcou como poucos a história da Sétima Arte. Essa monstruosidade, bem ao gosto da Metro Goldwyn Myer (MGM) de antigamente, é a segunda filmagem dessa estória, sendo a primeira uma obra de 1925, muda, orquestrada e em preto-e-branco.
Charlton Heston interpreta Judah Ben-Hur, um judeu rico e de influência na região em que vive. Seu comportamento só o faz ter amigos e gratidão por seu senso de justiça, benevolência e fidelidade.
Tudo isso começa a mudar quando um antigo amigo de infância, Messala (Stephen Boyd) retorna de uma longa viagem, durante a qual ele se tornou um Centurião romano e, portanto, com opiniões políticas adversas aos ideais de Judah.
Tudo parecia bem, mas Messala começa a mostrar que Roma é para ele mais importante que sua amizade por Judah. Após um mal-entendido Messala manda prender a irmã e a mãe de Judah. Este último condenado a remar as poderosas e pesadas galerias romanas (uma espécie de nau ou caravela).
Judah promete vingança, e sua sobrevivência é sustentada pelo ódio e pela vontade de pôr as mãos em Messala novamente e resgatar sua família. Começa então uma série de infortúnios, acasos e conquistas de um jovem que renasce, mas jamais abandona seus princípios de justiça e benevolência.
Uma trama surpreendente do início ao fim, com reviravoltas a cada cena, menções bíblicas, personagens históricas, fazendo dessa obra um épico sem igual até então.
As quase 4 horas de duração fizeram dessa película um épico também nos festivais: só para dar um pouquinho de água na boca, numa época em que o Oscar ainda tinha grande prestígio (do público e da crítica) essa obra cinematográfica "papou" 11 estatuetas das 12 para as quais foi indicada. As onze conquistas foram:


- Melhor Ator;
- Melhor Ator Coadjuvante;
- Melhor Decoração de Set de Filmagem;
- Melhor Cinematografia;
- Melhor Figurino;
- Melhor Diretor;
- Melhores Efeitos Especiais;
- Melhor Edição;
- Melhor Música;
- Melhor Filme;
- Melhor Sonosplastia;

Mais do que assistir a este marco do cinema, recomendo a compra do DVD. Deesa forma você pode aproveitar conteúdos que não verá nos exemplares de locadoras nem na TV. Pode-se encontrar ainda à venda a edição com 4 discos (este vos bloga a tem e recomenda) incluindo:

- 2 discos com o filme de 1959;
- 1 disco com a versão muda de 1925;
- 1 disco com muitos extras que fazem a coleção valer ainda mais a pena.

Se você for bem obstinado pode ainda encontrar a edição (rara) em Digipack. O Conteúdo dos discos é o mesmo, mas a embalagem faz qualquer colecionador babar, como você pode conferir no Blog do Jotacê.

Título: Ben-Hur
Original: Ben-Hur
País: EUA
Elenco Principal: Charlton Heston, Jack Hawkins, Haya Harareet, Stephen Boyd,
Companhia: Metr-Goldwyn-Mayer (MGM)
IMDB: www.imdb.com/title/tt0052618/

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O Poderoso Chefão

(The Godfather, 1972, 175 min)


Don Corleone é um pai de família muito ocupado. No casamento da filha ocupa-se em atender a velhos amigos, que carinhosamente o tratam por Padrinho, e atender a pedidos destes. Trata a todos com muita cortesia e simplicidade, apesar de seu status social, medido nas proporções da festa e de sua casa. Todos agem com tranquilidade. Ninguém poderia dizer que D. Corleone é o chefe de uma das famílias mais poderosas da máfia nos EUA.
Assim começa a trama de uma das melhores (senão A melhor) trilogia de todos os tempos, O Poderoso Chefão. O enredo descreve o sistema por trás da máfia: jogo, alimentos, drogas, etc. e como funciona a disputa territorial entre as famílias mafiosas.
A brilhante estória rendeu a essa produção 3 estatuetas da Academia:
- Melhor adaptação: Mario Puzzo e Francis Ford Coppola;
- Melhor filme: Alber S. Ruddy;
- Melhor ator: Marlon Brando. Fato curioso: Marlon Brando se recusou a receber o prêmio devido à discriminação por parte dos EUA (especialmente Hollywood) contra Índios americanos. Em seu lugar ele enviou uma mulher disfarçada de índia para receber o Oscar.

A película conta ainda com estrelas tais como Al Pacino e Robert Duvall numa obra baseada no best seller de Mario Puzo. O filme é o primeiro de uma trilogia fantástica e um clássico do cinema mundial.

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Butch Cassidy

(Butch Cassidy and the Sundance Kid, 1969, 110 min)

Mais um filme de uma das melhores duplas de atores já vistas: Paul Newman e Robert Redford. Dessa vez interpretando a famosa dupla de ladrões do velho oeste: Butch Cassidy (Newman) e Sundance Kid (Redford).
Os dois são assaltantes de bancos e trens, sendo Butch o cabeça e Kid o briguento. São famosos por sua perícia, sempre conseguindo assaltar o que quer que seja, não importando a segurança do local.
O problema é que, cansado de ser assaltado, um magnata coloca os homens mais perigosos do Oeste no encalço dos dois gatunos, e eles são obrigados a fugir como nunca.
A estória é fantástica e hilária, ficando difícil tirar os olhos da tela. A relação entre os dois vigaristas é o maior atrativo da trama, mesmo que às vezes pareçam não concordar acabam por fazer de tudo pra se ajudarem.
Algumas curiosidades cercam a produção dessa película, como o fato de a irmã do verdadeiro Butch Cassidy ter acompanhado as filmagens, ou o fato de Paul Newman fez manobras de bicicleta após constatar que o dublê, que as deveria executar, era um incompetente.
Filme de ponta, vale a pena conferir. Deliciem-se com as piadas irônicas de Butch Cassidy e com o temperamento estourado de Sundance Kid nessa produção histórica de 40 anos atrás.

Título: Butch Cassidy
Original: Butch Cassidy and the Sundance Kid
País: EUA
Elenco Principal: Paul Newman, Robert Redford, Katharine Ross
Companhia: 20th Century Fox Studios
IMDB: www.imdb.com/title/tt0064115/

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Golpe de Mestre

(The Sting, 1973, 129 min)


Esse filme extraordinário mostra a vida de um grupo de vigaristas em Chicago nos anos 30 onde se destaca um aprendiz de golpista chamado Johnny Hooker (Robert Redford) aplicando um "conto do vigário" na Máfia.

Só não contava que o chefão da organização Doyle Loningan (Robert Shaw) ficasse furioso e mandasse matar todos os que participaram do golpe, fazendo então que num momento de pânico ele procurasse a ajuda de um vigarista bêbado e aposentado chamado Henry Gondorf (Paul Newman) com o objetivo de vingar-se da perda de seu amigo e mentor Luther (Robert Earl Jones).

O final do filme é surpreendente e muito criativo fazendo com que os expectadores não tirem os olhos da tela.

Essa película recebeu 7 prêmios e o Oscar de melhor filme em 1973.

Os atores Paul Newman e Rober Redford reeditaram o mesmo sucesso que tiveram no fime anterior chamado Butch Cassidy

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Scaramouche

(Scaramouche, 1952, 115min)

Filme refilmado em 1952 e que tem a cena de maior duração em luta de esgrima.
No elenco destacam-se o ator Stewart Granger, a atriz Janet Leigh e Eleanor Parker, numa trama que se passa na França pré-Revolução.
O filme conta a estória de um homem que, revoltado com a morte de seu melhor amigo por um nobre, decide vingá-lo e toma aulas de esgrima para enfrentar o seu algoz,o Marquês de Maines (Mel Ferrer).
É um clássico do cinema poucas vezes passado na TV e difícil de se encontrar em DVD.
Vale a pena conferir essa produção que traz de volta os tempos românticos de capa e espada.

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12 Homens E Uma Sentença

(12 Angry Men, 1957, 96min.)

Este que vos escreve é um tanto suspeito para comentar este filme. Esse é, na minha modesta opinião, um dos melhores filmes já produzidos em todos os tempos.
Estreado em Julho de 1957, 12 Homens E Uma Sentença é produzido com orçamento mínimo, sem grandes sets de filmagem ou figurino, sendo 99% da trama desenvolvida dentro de uma única sala. Fimagem em preto-e-branco e com 96 minutos de duração. O posto de estrela é ocupado por Henry Fonda, numa atuação excepcional de um personagem brilhante.

A estória é focada em 12 homens que têm de decidir quanto à condenação ou absolvição de um jovem acusado de matar o próprio pai. No entanto o filme não mostra os promotores de justiça apresentando evidências a serem rebatidas pelos advogados de defesa do garoto. O espectador só descobre os meandros da acusação durante as conversas (se é que se pode usar um termo tão amistoso) entre os jurados que decidirão o destino do garoto acusado. Dentre os jurados há gente de todo tipo: doutore, ignorante, comerciante, charlatão, pobre, valente, covarde, etc.
O que acontece é que, ao votarem quanto à inocência ou culpa do réu (decisão essa que deve ser unânime, segundo instruções do juiz), chegam a um impasse: um dentre eles, e apenas um, não tem certeza da culpa do garoto quando todos os outros 11 homens sequer titubeam ao levantarem as mãos condenando o rapaz do crime. Daí em diante é um show de argumentações entre todos, e uma crítica a certas hipocrisias da sociedade em que vivemos.
O filme não só é um clássico digno de ser assistido somente por condição de clássico, mas uma obra-prima que mostra que uma boa estória não precisa de efeitos especiais ou super-produções para ser um Excelente Filme. Além disso, é frequentemente um dos TOP 5 da maioria das listas de cinéfilos, críticos e especialistas do cinema.

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