Os melhores filmes

Bem-vindo amigo cinéfilo. Aqui você encontrará análises e críticas de filmes de todos os gêneros, de toda qualidade e de todas as épocas.Faça suas sugestões e críticas ao blog na construção de um centro aprimorado de discussão da sétima arte.Nós, Douglas Celente, Jorge Celente e Fábio Silva, esperamos que possamos ajudar vocês entrarem no maravilhoso mundo de uma arte quase perdida:o bom cinema. Diversão a todos.

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Gran Torino


(Gran Torino, 2008, 116 min)

Um outro laço do western
(Por Guto Leite)


Para a minha cabeça simplista e dicotômica, existem dois tipos de filme. O primeiro é composto por aqueles que pretendem atender ao gosto cinematográfico mais comum – faceta moderna de nossas necessidades épicas – e, talvez principalmente, movimentar a monstruosa indústria do cinema, das bilheterias às produções, passando pela glamourização de atores medíocres. O segundo tipo, ALÉM de também atender à nossa precisão cinematográfica mais chã, busca fazê-lo de maneira um pouco mais requintada, testando (consciente ou intuitivamente) os limites da forma, e com frequência lança para além deles questões sobre nossa narrativa real, vivida, bem menos épica, obviamente, tendo repercussão no plano ético e extra-narrativo das pessoas. Embora ainda ganhe algumas horas assistindo a filmes do primeiro tipo, prefiro dedicar meus incipientes esforços analíticos para comentar estes últimos, aos quais enquadro, para simplificar, no nome genérico de “obra de arte”. Pois bem, Gran Torino (2008), de Clint Eastwood, é uma obra de arte.
A qualquer amante moderato da sétima arte não é permitido mais se surpreender com a maestria do diretor em contar suas histórias. Contra aqueles que ainda o vêem “somente” como um talentoso ator de western, se apresentam títulos como Os imperdoáveis (1992), As pontes de Madison (1995),  Sobre meninos e lobos (2003), Menina de Ouro (2004) e outros – calma, não esqueci de alguns dos mais notáveis, só vou citá-los adiante -, isso sem falar dos mais obscuros, mas muito bem realizados, na minha opinião, Bird (1988) e Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal (1997). Se é possível vislumbrar alguma tendência na filmografia do diretor, aproximo o filme de 2008 com outros que parecem trazer perspectivas alternativas ou desesperançosas em relação ao sonho americano. Nesta linha, estariam os filmes Um mundo perfeito (1993), Cartas de Iwo Jima (2006), A conquista da honra (2006), A troca (2008) e finalmente Gran Torino. Todos, de maneira mais ou menos acentuada, e mais intensamente nos últimos anos, parecem dizer “opa! talvez tenha algo errado por aqui”, o que se torna ainda mais emblemático se considerarmos a forma como Eastwood se celebrizou como ator.
Como sou um típico primeiro Kowalski – nome da principal personagem -, é claro que tenho ressalvas pontuais acerca de certas cenas do filme e até mesmo, de maneira mais ampla, à boa parte da atuação de Bee Vang como o menino Thao Vang Lor. Entretanto, é estrondoso o acerto do cineasta nas demais escolhas que teve para narrar a história de um operário da Ford, e também veterano da Guerra da Coreia, que precisa lidar, a partir da morte da esposa, com imigrantes asiáticos, principalmente, que compõem a maior parte de sua vizinhança. Como uma boa surpresa, o filme não se perde no roteiro batido de um turrão que aprende com as belezas da vida e muda sua natureza. Ao contrário, até o último momento, Kowalski se apresenta como aquele veterano um pouco distante das convenções mundanas e que tende a reagir de maneira excessivamente enérgica a conflitos comuns.
Dois trechos do filme – e que não me desculpem aqueles que ainda não o viram – precisam ser comentados a favor do meu argumento e do talento de Eastwood. O primeiro dele é uma fala, talvez a fala clímax do filme, aquela em que desembocam todas as falas precedentes, que Kowalski diz a Thao. Ei-la, puxada razoavelmente da memória: “Você sabe o que é matar um homem? Seria a pior coisa do mundo, se você depois ainda não recebesse uma medalha por assassinar um “china”, que provavelmente estava implorando por sua vida”. Acho que não preciso remeter essa fala à dimensão maior da assimetria de forças entre os estadunidenses e as culturas com as quais guerrearam (pós-Segunda Guerra), como também à prática reiterada da medalha de honra como prêmio individual no coletivo de uma cultura bélica.

O segundo trecho também merece um parágrafo para si. Ao final do filme, enquanto se espera que Kowalski vai fazer como sempre e reagir com armas à violência das gangues contra seus vizinhos, ele comparece à sede do grupo desarmado, os provoca, finge que vai tirar uma arma, retira um isqueiro e é alvejado pelos criminosos, já com dezenas de testemunhas nas janelas próximas, o que leva à prisão do grupo. Seria um apontamento para futuras soluções de paz ou de anti-violência? O surgimento da polícia americana na cena, posteriormente, invalida essa hipótese? E, de forma menos imediata, como entender a única confissão da vida de Kowalski, algumas cenas antes, a um jovem padre, quando ele só confessa pequenas traições e miudezas, sem tocar no assunto da Guerra da Coreia?

Enfim, havendo ou não essas questões maiores envolvidas, Gran Torino é um filme muito comovente! Mesmo com algumas atuações inconstantes, ressalva feita ao próprio Eastwood e a Christopher Carley (como o Padre Janovich), o filme consegue nos remeter a esse momento delicado de contestação da cultura hegemônica em que estamos vivendo, não fortuitamente anteposta, no filme, à cultura asiática, sem abrir mão da história do homem – o filme começa com o enterro da senhora Kowalski e quase termina com o enterro de Kowalski – e de um humor bastante acertado na rabugeira do protagonista e suas tentativas de lidar com uma cultura bastante diferente da sua. Certamente Eastwood tem sido um dos melhores motivos recentes para aqueles que gostam de ganhar seu tempo com esta categoria genérica, o segundo tipo de filme, que este apaixonado aqui costuma chamar de “obra de arte”.


Título: Gran Torino
Original: Gran Torino
País: EUA
Elenco Principal: Clint Eastwood, Christopher Carley, Bee Vang.
Companhia: Matten Productions
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1205489/


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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Zeitgeist: Addendum

(Zeitgeist: Addendum, 2008, 123 min)

Darei continuidade à sessão documentário com uma obra-prima. Fui um pouco negligente, confesso, por ter assistido a este documentário (Zeitgeist Addendum) antes do Zeitgeist, primeiro dos dois filmes, lançado em 2007. No entanto, pelo que ouvi falar, não há grandes perdas, mesmo porquê o Addendum é completo em si próprio, sendo o primeiro filme apenas uma abordagem mais detalhada de assuntos tratados com menor extensão no segundo filme.
De qualquer forma Zeitgeist é um filme que todo ser-humano deveria assistir. Não é brincadeira minha, não, e também não se trata de exagero da minha parte. Estou certo que vocês entenderão o que digo após assistirem a esta película, quer concordem com o proposto, quer não.
Mais uma vez fico tentado a contar o filme todo a vocês, de forma que escrever sobre Zeitgeist: Addendum se torna uma tarefa de constante auto-policiamento. Mas tentem imaginar um filme que te explica, ponto-a-ponto, os principais motivos responsáveis por te fazerem sofrer na maioria das vezes. Reliogismos à parte, você realmente acredita que é dono do seu nariz, ou que sua empresa goste de você como a maioria das empresas não faz. você crê realmente que dinheiro traz felicidade? Bom, então você realmente precisa assistir a este filme, e estou certo que indicará a todos os seus amigos. Porquê, ao contrário do que a maioria acreditava, meus amigos, a Matrix existe, guardadas algumas ressalvas. Não são as máquinas quem nos controla, mas o dinheiro. "Toda essa enrolação pra isso, Douglas?!?!?! Pelo amor de Odin, isso é mais do que óbvio!!!". Ah, mas aí é que entra a genialidade dos produtores, caro padawan. Pergunto a você: "você faz idéia de como é criado o dinheiro?". Bem, você se surpreenderá. Se surpreenderá também ao saber a que grande parte do dinheiro do mundo não existe, ou é ilegal. Pode acontecer, durante o filme, de você se simpatizar com pessoas como Saddam Husseim (aconteceu comigo). Você perceberá como o presidente dos "EU da A" não tem tanto poder quanto pensamos ele ter.
Sim, senhores, a Matrix é real, e estamos chafurdados nela sem muitas possibilidades de mudança até que abramos os olhos para a realidade. E este documentário é um excelente começo. Não estou propondo nenhum rebelião, muito embora não seja má idéia, mas acordar é preciso. O mundo como o conhecemos está à beira de um colapso, e a maioria das pessoas não saberá o que acontece, a não ser que passem a procurar compreender como o mundo funciona. Você acha que o avião é um bom meio de transporte? Acredita mesmo que o álcool e o GNV ou o biodiesel são as melhores alternativas de combustível para o seu carro? Crê que as hidrelétricas são o meio mais eficaz e menos poluente de geração de energia elétrica? Bom, talvez esse filme tenha sido feito precisamente para você. Aliás, este filme foi feito especificamente para TODOS. Os mais religiosos podem se ofender um pouco mais, mas continuem a assistir pois, no final da contas, você não terá nenhum grande prejuízo mais grave que mudar sua visão de como o mundo funciona. Isso às vezes pode ser deprimente, mas creio ser melhor ser infeliz por saber a verdade do que usufruir de um pseudo-bem-estar que tantos proclamam ter. Repito uma das frases que aparecem no filme: "None are so helplessly enslaved as those who falsely believe they are Free" (Não há ninguém mais escravizado que aqueles que falsamente crêem ser livres).

Tenho ouvido (e lido) falar que este documentário tem rodagem proibida no Brasil, e de fato todos que conheço e assistiram a ele tinham cópias pirata. Como sou a favor da compra dos títulos originais, farei algo, agora, que ainda não fiz em outros posts. Segue o link para o site do filme, onde se pode comprar o título por módicos $5,00 mais $3,50 de frete, num total de R$15,00. Isso para cada filme (Zeitgeist e Addendum).
Excelente Filme a todos, e até a próxima.




Título: Zeitgeist: Addendum
Original: Zeitgeist: Addendum
País: EUA
Companhia: GMP
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1332128/

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

(Bowling For Columbine, 2002, 120min)

Entraremos hoje em um segmento indevidamente menos valorizado do cinema, os chamados documentários. Os documentários são comercialmente pouco divulgados no Brasil (podemos explorar essa questão futuramente) e deixa alguns um tanto temerosos. O gênero é pouco explorado no Brasil, que apesar disso encontra espaço nos curta-metragens para criar obras como "Ilha das Flores". A censura acortinada aos documentários têm por objetivo (obviamente não declarado) não dar combustível ao potencial crítico da sociedade. Um exemplo simples disso é: tente se lembrar do último documentário que você viu em cartaz na sala de cinema de sua cidade. Pois é!
Seja como for, a internet ainda é (por enquanto) um instrumento poderoso de divulgação, livre de censura política barata. Sendo assim apresento a vocês um nome famoso no meio dos documentários de crítica política. Um homem odiado por muita gente importante e poderosa, mas qua ainda caem na besteira de, vez por outra, lhe conceder uma entrevista. Este homem é Michael Moore. Um homem gordo e bonachão, e de humor às vezes incompreendido. No entanto um excelente inquisidor a serviço da população (americana, a princípio, mas ele mesmo não demonstra bairrismos em seus discursos), e hoje falaremos de um de seus best sellers: Tiros em Columbine.
Difícil tarefa, descubro tardiamente, fazer resenha de um documentário. Não há trama, não há reviravoltas, e no caso específico de Michael Moore fica ainda mais difícil devido ao caos na linha de filmagem (ou edição) de seus filmes. Quanquer deslize nos comentários e destruo as surpresas da narração. Mas é sempre possível apontar alguns fatos que façam abrir o apetite de você, afinal de contas eu imagino que qualquer um adoraria ver o Charlton Heston (ele mesmo, o próprio Moisés em pessoa. O grande Ben Hur) falando abobrinhas e se vendo já dentro de uma armadilha preparada pelo diretor do filme. Ou mesmo notar como funcionam as mentes distorcidas de pessoas assustadas pelo constante e iminente perigo seja lá do que for, e mesmo como a mídia trabalha no sentido de gerar pânico para ganhar dinheiro, indiferente ao bem-estar geral de toda uma nação.
O documentário trata especificamente do povo e cultura norte-americanos, mas é fácil remeter aos aspectos e comportamentos de indivíduos (ou mesmo massas) em nosso e outros países.
Documentários críticos são uma excelente forma de colocar a massa cinzenta pra trabalhar e exercitar nosso raciocínio frente às questões que afligem ou afligirão ao mundo em que vivemos. Não percam a chance de tornarem-se indivíduos ativos na sociedade, e pode iniciar o processo de forma prazeirosa e confortável, assistindo a mais um Excelente Filme.



Título: Tiros Em Columbine
Original: Bowling For Columbine, 2002, 120min
País: EUA
Elenco Principal: Michael Moore.
Companhia:Alliance Atlantis Communications
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0310793/

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Identidade Bourne

(The Bourne Identity, 2002, 119 min)


Um homem (Matt Damon) é encontrado morto e boiando em alto-mar por um barco pesqueiro. Seu corpo é recolhido, e dele são removidas duas balas, alojadas em suas costas, e um estranho objeto no interior de seu quadril. Este último revelava uma conta num banco suiço. Enquanto o senhor que removia os projéteis do corpo divagava em pensamentos, o "cadáver" se levantou e o atacou. O homem estava vivo, apesar de muito fraco, mas ainda com forças para imobilizar o pescador e, aos berros perguntar onde estava. Não pôde entender o porquê de estar em um barco pesqueiro e, agora que se acalmava, percebia que sequer se lembrava seu próprio nome.
Quinze dias se passaram, e o jovem não se lembrava de nada e isso o irritava cada dia mais. Descobriu que, entre outras coisas, sabia falar francês outras línguas. Sua única pista, no entanto, era a conta numerada num banco suiço, e é daí que resolveu começar a busca por sua identidade. Recebeu um dinheiro dos pescadores que o salvaram, o suficiente para uma passagem de trem. Chegou tarde, dormiu ao relento num banco de praça, e foi acordado por dois policiais que pediram seus documentos. Não os tendo, os policiais começaram a maltratá-lo. Ao se defender, com movimentos mais do que ágeis, desacordou os dois oficiais, e se viu com a arma de um deles em sua mão. Largou a arma e fugiu da cena do crime. Foi ao banco suiço pela manhã, e com um pouco de sorte e desconfiança (da parte dos funcionários locais) conseguiu acesso ao seu depósito. De cara passou a mão em um passaporte à vista, e descobriu que seu nome era Jason Bourne, residente em Paris, e um sorriso despertou em seu rosto por um momento. No entanto, numa segunda olhada mais cuidadosa no conteúdo da caixa, descobriu inúmeros passaportes, cada um de um país diferente, cada um com sua foto e um nome diferente ao lado. Também havia enorme quantia em dinheiro e uma arma. Um frio lhe percorre a espinha e ele rapidamente recolhe os passaportes e o dinheiro, largando a arma para trás.

Em outro local, um homem famoso de nome Wombosi (Adewale Akinnuoye-Agbaje) acusa um grupo de pessoas de ter tentado matá-lo, e diz que citará nomes caso não cedam às suas exigências. O grupo em questão se reúne para debater o assunto e descobrir quem dentre eles é o responsável pela tentativa mal-sucedida de assassinato. Ninguém se pronuncia, mas um deles, Ward Abbott (Brian Cox) logo em seguida, aparece conversando com um subordinado a respeito do caso. Sim, havia sido um de seus homens, Conklin (Chris Cooper) e ele estava trabalhando para limpar a situação.
Bourne sai do banco, mas um homem desconfia dele e o delata, e começa uma perseguição. Bourne percebe e, rapidamente, se infiltra na embaixada americana com seu passaporte americano. Seus perseguidores são barrados e ele, por um momento, os despista. Agora ele está na embaixada americana, onde uma garota reclama e implora, inutilmente, a um funcionário que libere seu visto. Bourne tenta sair do prédio, mas é surpreendido por um homem que o manda parar. Ele revida, desarma e imobiliza alguns policiais e foge, com uma calma que nenhuma outra pessoa teria.
Ao sair do banco (onde havia um exército de homens atrás dele, mas que não podiam agir fora do prédio) encontra a mesma garota que reclamava no guichê da embaixada. Ela está entrando no carro, e ele pede carona a ela em troca de dez mil dólares. Ela desconfia, e ele joga pra ela um maço de dez mil, prometendo mais dez mil quando chegarem ao seu destino. Uma viatura passa ao longe, e Bourne se esconde. Ela logo percebe que ele está fugindo, titubeia, mas aceita o acordo, pois precisa do dinheiro. Seu nome é Marie (Franka Potente), e fala como poucos. Nervosa, desembesta a falar e estranha o comportamento de seu carona. Eles conversam, e ele explica a ela que não se lembra de nada, mas que sabe coisas incomuns como, por exemplo, sempre que entra em algum lugar já analisa as possibilidades de saída, o comportamento das pessoas ao redor e o melhor lugar pra se encontrar uma arma. Ela não pode ainda ajudá-lo com sua memória e os dois seguem sua viagem, com uma organização secreta em seu encalço e sem fazer idéia do que vai acontecer na próxima esquina.
Falei muito, mas acreditem: esses são apenas os primeiros trinta minutos do filme. Muita ação, intriga, perseguição e tiros. A trama não é nenhuma obra-prima, e pode-se sacar os "segredos" do filme antes da metade da película. Isso não tira em nada, no entanto, a diversão de ver Matt Damon chutando traseiros como se não houvesse amanhã (frase do Judão).
Bom filme para o fim de semana com a(o) namorada(O), e o primeiro da trilogia Bourne. Vale lembrar que esta é uma refilmegem do filme A Identidade Bourne, de 1988 (com Richard Chamberlain.


Título: A Identidade Bourne
Original: The Bourne Identity
País: EUA
Elenco Principal: Matt Damon, Franka Potente, Chris Cooper, Clive Owen, Brian Cox, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Julia Stiles.
Companhia: Universal Pictures
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0258463/

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