Os melhores filmes

Bem-vindo amigo cinéfilo. Aqui você encontrará análises e críticas de filmes de todos os gêneros, de toda qualidade e de todas as épocas.Faça suas sugestões e críticas ao blog na construção de um centro aprimorado de discussão da sétima arte.Nós, Douglas Celente, Jorge Celente e Fábio Silva, esperamos que possamos ajudar vocês entrarem no maravilhoso mundo de uma arte quase perdida:o bom cinema. Diversão a todos.

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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Curtindo a Vida Adoidado

(Ferris Bueller's Day Off, 1986, 103 min)


Mais um clássico da Sessão da Tarde. Pode-se dizer que se você nasceu na década de 80 e não assistiu às peripécias de Ferris Bueller, você não teve infância. É quase o mesmo que nunca ter brincado de Pega-Varetas, Pogobol, ou nunca ter tomado Toddy, sei lá.
Ferris Bueller (Matthew Broderick) é um estudante em vias de se formar, mas a quem não se pode tomar como um modelo exemplar de aluno. Sua especialidade é matar aulas, e ele o faz com maestria. Finge uma dor de estômago, engana seus pais e consegue que o deixem faltar à escola nesse dia.
Há no entanto, uma pessoa que não se deixa enganar por Ferris: Ed Rooney (Jeffrey Jones), diretor da escola. Este, após falhar em convencer a mãe de Ferris que seu filho não está doente, sai à caça de Bueller Chicago afora. Como diz um amigo meu, esse personagem é o melhor tipo de vilão: ele não desiste nunca, mesmo depois de ter sido humilhado de quase todas as formas que a mente humana pode conceber.
Outra que não cai na conversa de Ferris é sua irmã Jeanie (Jennifer Grey), que morde o cotovelo de raiva por seu irmão conseguir se dar bem sempre, mesmo desafiando autoridades. Ela fará de tudo para desmascarar o irmão e convencer o mundo de que ele é um pilantra enganador.
Ferris convence seu amigo pessimista Cameron (Alan Ruck) a entrar no jogo, e eles pegam emprestada a Ferrari 250 GT California (1961) do pai de Cameron, apesar dos apelos de Cameron. Pegam o carro e vão buscar a namoraad de Ferris, Sloane (Mia Sara), na escola, e saem para conhecer a cidade inteira, passando por todo tipo de lugar, desde museus a jogos de baseball.
Esse é o tipo de filme pra toda a família: divertido, leve e sem grandes complicações.



Título: Curtindo a Vida Adoidado
Original: Ferris Bueller's Day Off
País: EUA
Elenco Principal: Matthew Broderick, Alan Ruck, Mia Sara, Jeffrey Jones, Jennifer Grey, Cindy Pickett, Lyman Ward, Edie McClurg, Charlie Sheen
Companhia: Paramount Pictures
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0091042/

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sete Anos no Tibet

(Seven Years in Tibet, 1997, 136 min)

Olá amigos do Excelente Filmes. Mais um dia, mais um post, mais um filme. Desta vez uma estória um pouco mais comovente e dramática, e com doses menos cavalares de ação.
'Sete Anos no Tibet' conta a estória de Heinrich Harrer (Brad Pitt), um alpinista austríaco de personalidade marcantemente arrogante e prepotente, em uma viagem que tinha tudo para ser um desastre completo, mas acaba por mudar sua vida nos mais variados aspectos.
Harrer, um jovem ambicioso e talentoso, é convidado a integrar uma expedição para escalar o monte Nanga Parbat. A expedição, no entanto, é obrigada a retornar devido a fortes tempestades e, ao chegarem à base da montanha, são presos como inimigos de guerra (são alemães e austríacos, e estão em solo britânico em plena 2ª Guerra Mundial).
Depois de inúmeros fracassos, Harrer consegue fugir, e se dirige ao Tibet, lar do ainda jovem Dalai Lama, em quem desperta enorme curiosidade. Começa então uma bela amizade, permeada por outros diversos sentimentos e fatores, e que darão uma beleza especial ao filme.
Sete anos no Tibet é uma excelente pedida para o início do final de semana, embora eu deva alertar que chega uma hora que "dá no saco" o sotaque austríaco do Brad Pitt.
Bom filme a todos, e até mais.



Título: Sete Anos no Tibet
Original: Seven Years in Tibet
País: EUA
Elenco Principal: Brad Pitt, David Thewlis, B.D. Wong, Jamyang Jamtsho Wangchuk.
Companhia: Mandalay Entertainment
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0120102/

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mad Max Além da Cúpula do Trovão

(Mad Max Beyond Thunderdome, 1985, 107 min)

Mais uma vez Mel Gibson estrela a franquia Mad Max, dessa vez com o subtítulo "Além da Cúpula do Trovão". Max está mais velho, cabelos compridos, já não tem mais seu carro e anda numa carroça puxada por camelos no deserto "mais desértico" que a série já apresentou. E eis que logo no início do filme alguém já pisa no calo do homem: lhe roubam a carroça em pleno deserto sem que ele pudesse fazer algo a respeito. O ladrão é Jedediah the Pilot (Bruce Spence) e seu filho Jedediah Jr. (Adam Cockburn), um pentelho, como poderão notar em suas poucas aparições.
Max sai no encalço do ladrão, e os rastros o levam até uma cidade (se é que se pode chamar assim) chamada Bartertown, a qual é governada por Aunt Entity (Tina Turner. Nas legendas ela é chamada "Tia" ou "Titia", que é a tradução de "Aunt"). O local é um arremedo de cidade. Mas, após o apocalipse sofrido pelo mundo, é o ápice da urbanização a se encontrar por aí. As transações são feitas na base de trocas, seja do que for: camelos, gente, serviços, objetos, etc.
Chegando no local Max já se mete em outra confusão ao não ter nada com o que barganhar, visto ter sido roubado. Suas explicações não interessam aos locais, então ele recorre à sua especialiadde: violência. Depois do fuzuê aprontado ele acaba por ser levado à presença de Aunt, e esta, após um teste, lhe propõe um acordo no qual ele terá de matar uma pessoa. O alvo é MasterBlaster. E na verdade se trata de duas pessoas: Um sujeito corpulento e marombado (Blaster) que anda com um senhor de tamanho diminuto (um anão) nas costas de nome Master. Master é o cérebro da dupla, e Blaster os músculos. Juntos na usina de metano eles indiretamente governam Bartertown, o que incomoda Aunt ao extremo.
Há muito mais no filme, mas não posso falar sem sacrificar algumas boas surpresas, de forma que fico por aqui mesmo. Esse filme, apesar de melhor produzido e com um Mel Gibson já com mais experiência, nem de longe agradou ao público tanto quanto os dois primeiros da trilogia. Ainda assim é divertido e continua a ser um filme de ação digno de ser assistido.
Excelente Filmes dá o seu "joínha", mesmo porque, caso contrário, sequer falaríamos dele.
Boa sessão a todos, e até a próxima.





Título: Mad Max Além da Cúpula do Trovão
Original: Mad Max Beyond Thunderdome
País: Austrália
Elenco Principal: Mel Gibson, Tina Turner, Bruce Spence, Adam Cockburn, Frank Thring, Angelo Rossitto, Paul Larsson, Angry Anderson
Companhia: Kennedy Miller Productions
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0089530/

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Mad Max 2

(Mad Max 2, 1981, 95 min)

Continuando a saga do Guerreiro das Estradas, Max (Mel Gibson) está de volta e continua fazendo a rapa nas estradas do deserto australiano. Seu aspecto denuncia que ele não vive em lugar algum: roupas rasgadas, sujas, carro detonado indicam que as estradas são seu lar desde a tragédia que acometeu sua família. Mas agora ele tem um companheiro, um cachorro a quem sequer se deu ao trabalho de dar um nome (e, se deu, não o pronuncia em momento algum).
Em sua incessante busca por combustível ele cai numa tocaia preparada por um sujeitinho bem estranho que se entitula Capitão Gyro (Bruce Spence), mas é salvo por seu cachorro. Max toma Gyro como prisioneiro quando este promete saber a localização de um "oásis do combustível" a 40km dali. Seguem, então, guiados por Gyro, até um local no meio do nada, onde desponta uma pequena refinaria. Max monta acampamento e observa dia e noite, analisando o que ocorre.
Uma gangue de motoqueiros aparece todos os dias para importunar as pessoas que trabalham (na verdade vivem) na refinaria, tentando invadí-la sem sucesso.
Num determinado dia, um casal sai da refinaria em um carro e é abordado pelos motoqueiros. Estes estupram e matam a mulher, e deixam o homem (alvejado por flechas) para morrer no deserto. Max vê ali uma oportunidade: resgata o homem e o leva de volta à usina com a condição de que ele seja recompensado com quanto combustível ele (Max) puder carregar. Mas o homem morre tão logo chegam à refinaria, e Max é tomado como prisioneiro, e seu carro é tomado. Logo em seguida os arruaceiros retornam, liderados por um bandoleiro bizarro chamado Humungus, e cercam a refinaria com suas motos, e prometem matar a todos caso não abram mão da refinaria num prazo de 24 horas.
Pappagallo, líder da refinaria, tem intenção de fugir com todos e levando o combustível que se encontra dentro de um enorme tanque de caminhão pipa, mas não tem o caminhão para arrastar o tal tanque. Max, sempre oportunista, promete trazer um veículo capaz de arrastar o tanque, mas em troca quer sua liberdade, seu carro e quanto combustível puder carregar. Pappagallo aceita o trato e Max dá início a uma série de perseguições, as quais imortalizaram a franquia Mad Max.
Mais uma recomendação pra você curtir no conforto do lar. Pipoca, refrigerante e uma bela sequência de chutação de nádegas é receita garantida pra alegrar o dia de qualquer um.
Grande abraço, e até a próxima no Excelente Filmes.





Título: Mad Max 2
Original: Mad Max 2
País: Austrália
Elenco Principal: Mel Gibson, Bruce Spence, Michael Preston, Max Phipps.
Companhia: Kennedy Miller Productions
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0082694/

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Mad Max

(Mad Max, 1979, 88 min)

Boas a todos os bravos que acompanham nosso blog. Excelente Filmes retoma hoje o tópico Trilogias, há muito não tratado em nossas páginas.
E voltaremos com uma franquia que há pouco atingiu a terceira idade: Mad Max. Lançada em 1979 essa série conta com os títulos Mad Max, Mad Max 2 e Mad Max: Além da Cúpula do Trovão (ou simplesmente Mad Max 3), todas estrelada por Mel Gibson (no início de sua carreira) e seus famosos trajes pretos de couro, chutando bundas como se não houvesse amanhã.
Comecemos do começo, então, com o que sugere título do presente post.
O cenário é a Austrália de um mundo pós-apocalíptico. O deserto australiano sofre com inúmeros ataques de gangues de motociclistas e a polícia local dedica especial atenção a estes baderneiros. Max Rockatansky (Mel Gibson), um jovem porém competente policial, acidentalmente mata um dos integrantes de uma dessas gangues. Um de seus amigos policiais tem o corpo completamente queimado, além de outros acidentes, e isso começa a preocupá-lo visto que tem uma esposa e um filho. Ao declarar sua intenção de deixar a polícia, no entanto, seu chefe pede a ele que esfrie a cabeça e re-pense o assunto com calma durante suas merecidas férias.
Max sai num passeio com sua esposa Jessie (Joanne Samuel) e seu filho Sprog (ô nomezinho) e se distrai o quanto pode, devotando grande atenção à família, coisa que o ofício não permitia no dia-a-dia.
Mas eis que há um infeliz encontro entre Jessie e a gangue de motoqueiros, e ela os rechaça e foge. Eles a perseguem, e ela conta ao marido o ocorrido. Se escondem o quanto podem, até que a gangue por fim consegue encontrá-la e matar mãe e filho. Esse acontecimento marca a "morte" do pacífico e bondoso Max, e dá espaço ao surgimento de Mad Max. Um homem que fará o que for preciso para vingar a morte de sua família, fazendo justiça como bem entender. É quando, também, ele toma para si o possante carro que em muito marcou o filme: um Interceptor (Ford Falcon XB GT Coupé) preto V8 cujo motor já deveria ser o suficiente pra amedrontar qualquer motoqueiro por aí.
Mad Max conhecido por suas cenas de perseguição que, embora possam causar risos a algumas pessoas hoje em dia, foram muito bem boladas paras os padrões da época. Ainda mais se considerarmos que o orçamento da produção foi de $400.000,00 e as bilheterias renderam cerca de $100.000.000,00, batendo o recorde de lucro/investimento até bem recentemente.
Vale a pena reservar um pedacinho do seu fim de semana para assistir a Mad Max, mesmo porque o primeiro filme é bem curtinho. Assistam e voltem aqui para dizer o que acharam.
Grande abraços a todos, e até a próxima.



Título: Mad Max
Original: Mad Max
País: Austrália
Elenco Principal: Mel Gibson, Joanne Samuel, Hugh Keays-Byrne, Steve Bisley, Tim Burns.
Companhia: Kennedy Miller Productions
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0079501/

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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Death Note

(Death Note, 2006, 37 episódios)

Iniciaremos hoje um novo tópico no Excelente Filmes: Animes e Séries. Tenho certeza que essa inovação no Blog se mostrará bem mais desafiadora do que atualmente me parece. Mas não posso me furtar a falar de um gênero tão rico em títulos e cada vez mais presente nas telas brasileiras. Além disso temos que lembrar que as animações abrem espaçoes para criações e possibilidades que os produtores, por muitas vezes, não têm em suas filmagens.
E eis que começo com um anime relativamente recente, mas certamente de peso, na história do gênero. Death Note jamais poderia passar em branco pelo Excelente Filmes.
Obs.: Convém deixar claro que o título tratado aqui é o ANIME. Há ainda a versão dos mangás (original) e a série LIVE (com atores reais e CG).
O que você faria se tivesse o poder de matar quem quisésse apenas escrevendo o nome da pessoa em um caderno? Pois esse é o mote de Death Note (literalmente "Caderno da Morte") e que, apesar de simples, gera discussão e estória para um total de 37 episódios interligados (não, não adianta querer começar do meio da estória, não é como Bob Esponja) com uma trama das mais complexas.
Light Yagami é um jovem e brilhante estudante japonês, um tanto aborrecido com a pequenez da humanidade e com a mediocridade do cotidiano. Mas acima de tudo ele se irrita com a injustiça do mundo.
Eis que um dia, ao voltar para casa, tropeça em um caderno de capa preta no qual está gravado "Death Note". Ao abrir o caderno ele lê: "O humano cujo nome for escrito neste caderno irá morrer". O garoto ri-se da piada, mas não resiste à tentação de levar o caderno consigo.
Após chegar em casa, re-analiza o caderno:

- O humano que tiver seu nome escrito no Death Note morrerá;
- Este caderno não surtirá efeito se o escritor não tiver em mente o rosto da vítima. Assim, pessoas que compartilham o mesmo nome não serão afetadas;
Nesse exato instante, na TV, um noticiário mostra cenas ao vivo de um sequestro, identificando rosto e nome do criminoso. Light, ainda duvidando da funcionalidade do caderno, resolve brincar e escreve o nome do sequestrador enquanto vê seu rosto na TV. Ri-se da própria ingenuidade quando nota que nada aconteceu. No entanto, 40 segundos mais tarde o noticiário informa que as vítimas do sequestro se libertaram, e a polícia anuncia que o criminoso morreu sem razão aparente.
Surpreso com o que chamou de "coincidência" o jovem Light resolve fazer mais alguns testes, todos bem-sucedidos, para sua surpresa, e percebe que pode trazer justiça a todo o mundo, livrando a humanidade de todos os assassinos, corruptos, ladrões e todo tipo de fora-da-lei, tornando a Terra um lugar melhor para se viver.
Para  quem gosta de uma boa trama, excelente argumentação e de um bom jogo psicológico de xadrez, Death Note é um prato cheio. É difícil assistir apenas a um episódio por dia. Reviravoltas acontecem aos montes; surpresas a cada instante; personagens fortes e marcantes e questões sobre as quais você próprio talvez devêsse pensar com mais frequência. Esse anime pode facilmente mudar sua forma de raciocinar (o fez comigo) e mostrará formas eficientes de enfrentar situações que parecem fugir ao seu controle.

Espero que curtam. Até a próxima no Excelente Filmes.



Título: Death Note
Original: Death Note
País: Japáo
Companhia: Death Note Film Partners
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0758742/companycredits

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Steamboy

(Steamboy, 2004, 126 min)

Bem, de volta à ativa, falemos de uma das mais demoradas e custosas produções da animação japonesa: Steamboy. Acreditem ou não essa produção levou 10 (sim, DEZ) anos para ser concluída. Ou, como diria Capitão Nascimento: "Do alemão 'zehn'; do francês 'dix'; do espanhol 'diez'". Bateu o recorde japonês de animação mais cara, flertando com a marca dos 22 milhões de dólares ($22.000.000,00). Isso, em Yenes, é zero pra dedéu. Na verdade, justamente por problemas financeiros (segundo o IMDB) a produção, iniciada em 1995, foi interrompida até 1998, totalizando um total de 8 anos de "produção de fato". A animação é repleta de fusões em 2D e 3D, tornando o longa uma experiência no mínimo diferente de tantas outras.
Mas, não só de efeitos especiais e CG se faz um bom filme, como costumo pensar. Então falemos um pouco da trama de Steamboy.
Muitos devem ter estranhado notado o fato de o nome da animação estar em inglês, e não em japonês como seria de se esperar. No entanto faz sentido se pensarem que a estória se passa na Inglaterra do século XIX, onde um jovem inventor (Rei Steam) é incumbido, por seu avô, de proteger e guardar uma esfera de aço cheia de vapor. Essa é a "Steam Ball", criada por seu avô e seu pai. No entanto, assim que recebe o invento em suas mãos, passa a ser perseguido por agentes que ele sabe serem da organização para a qual seu pai e seu avô trabalham, e sobre a qual este último o preveniu.
No decorrer da aventura, Rei se vê diante de um dilema moral sobre o uso que deve ser feito da Steam Ball, e tem uma decisão a tomr. Decisão essa que poderá ser o ponto chave do desenvolvimento tecnológico mundial, bem como do futuro de muitas nações em anos por vir.
Fica aqui a dica do Excelente Filmes. Vale lembrar que esse foi um óbvio e declarado esforço de superar a clássica produção de Akira (1988. Falaremos dela em breve), considerada por muitos a melhor e mais revolucionária animação de todos os tempos. Vale a pena averiguar se os esforços atingiram seus objetivos.
Abraços a todos, e até a próxima.



Título: Steamboy
Original: Steamboy
País: Japáo
Companhia: Bandai Visual Company
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0348121/

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

À memória de Gabriel Gustavo Gramasco



Ao meu querido amigo a quem tanto negligenciei. Ao homem de coração tão grande quanto seu corpanzil, cuja alegria demonstrada em cada ato de sua vida não poderemos mais vislumbrar.

Ao atleta perseverante que, se caía, o fazia por exigência da arte marcial, não por qualquer fraqueza que se pudesse notar.

Ao solícito camarada que não media esforços quando sua ajuda se fazia necessária. Ou, mesmo, quando ele simplesmente se sentia compelido a ajudar, ainda que não necessário, o que acontecia com alguma frequência.

Ao irmão que não se queixava de ouvir a queixa alheia, cujo largo ombro de certo guardou lágrimas de muitos que o amavam e a quem ele amava, cujas mãos fortes de lutador não hesitavam em ajudar os necessitados, se erguerem em protesto contra a injustiça e, ainda assim, eram gentis e quentes num aperto de mãos.

Ao meu querido Gabriel, cuja permanência corpórea entre nós pouco durou, minhas sinceras desculpas por você não ter visto um mundo compatível com sua alma.

Meus sentimentos pela sua ausência.

Meu muito obrigado por passar por nós em sua breve visita.

Todos nós amamos você. Espero revê-lo em breve.

"Requiem æternam dona eis, Domine,




et lux perpetua luceat eis." *

* "Descanso eterno a eles, Senhor, e que a luz perpétua os ilumine"

Douglas Celente
Kátia Celente
Soraia Celente
Miguel Celente
Daniel Celente
Jorge Celente
Carlos Augusto Bonifacio Leite
Viviane Nicolucci
Ivonete Celente

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Avatar


(Avatar, 2009, 162 min) - Por Guto Leite


Avatar: o estandarte dos nossos dias




Aproveitando que estava de passagem por São Paulo, ou melhor, aproveitando a agradável companhia dos meus amigos paulistas, aceitei o convite para assistir Avatar naquela hiper-moderna sala na Pompeia. Quando estava no tempo do narrado, achei que seria somente algumas horas de papo, risadas, cinema, diversão tridimensional (como todas as outras), mas qual não foi a minha surpresa ao ler que a tal curtição tinha desbancado Bastardos Inglórios e faturado o Globo de Ouro de melhor filme de drama.
Tudo bem, não é Berlim, Veneza, Cannes ou mesmo Sundance, festivais um pouco mais confiáveis (talvez o Glauber discordasse da minha lista), mas ainda é um festival que confere prêmios à sétima arte! Ou seja, pode até ser que Harry Potter ganhe “Efeitos Especiais” ou “O melhor investimento infantil para duas horas de cadeira”, mas ele está a priori fora da disputa pelos principais prêmios. Sei que esse a priori pede argumento, mas o que quero dizer –  e já disse por aqui antes – é que há uma diferença mais ou menos nítida entre filmes de arte e filmes de entretenimento, não? Não, acho que não, pelo menos não mais. Porém quais as consequências ou causas deste esmaecimento das fronteiras entre arte e entretenimento? Sigo com três argumentos sobre por que o filme não deveria ter levado o prêmio e já voltamos ao assunto.

Que os mais românticos me desculpem, e este é o meu primeiro ponto:  não acho totalmente verossímil o amor inter-espécie entre Jake Sully e Neytiri. Sei que não é lá uma crítica muito ferrenha, mas acho fundamental, daquelas que ou movimentam coerentemente o filme, ou me colocam a pulga atrás da cadeira e me indispõe em relação à obra. Não importa o quanto se esteja fragilizado, tenha sido lançado em um ambiente hostil, se receba uma acolhida mais ou menos inédita da tribo Na’vi, e a tal moça seja, vá lá, cheia de risos. Preciso de mais argumentos para aceitar a paixão do cara por uma mulher de três metros, azul, com calda, pêlos de felino e uma cultura absolutamente diversa. Há tanto no amor… Há, há sim, mas preciso de um pouco mais pra aceitar o tesão entre eles. Amar? Talvez. Atração são outros quinhentos.
Segundo ponto: o roteiro é até bastante amarrado – cada informação que aparece retorna depois para amarrar alguma coisa -, mas não se pode negar que o filme é uma coleção de clichês cinematográficos! Na minha opinião, é quase uma propaganda, de tanto que percebo o esforço de Cameron em agradar seu espectador. Pra não me acharem leviano, enumero alguns destes apelos: o heroi portador de uma deficiência física (e outra moral, já que se abre o filme dizendo que ele é meio tapado e pior do que o irmão), a questão da lealdade do soldado versus a lealdade aos princípios, a salvação do meio ambiente, a ciência contra o exército, a ciência contra o dinheiro, o amor entre diferentes, o amor dos jovens contra a tradição da tribo e, por fim, aquela espécie de hinduism for dummies com todo aquele papo de energia viva e que todos estão conectados. Estou deixando de lado, por falta de memória, mais uma boa quantidade de pequenos lugares comuns narrativos, mas acho que consegui expor o meu ponto. O que fica, ao deixar a sala de projeção, é a sensação de ter visto uma boa mistura de O último samurai, Final Fantasy e , é claro, algumas pitadas maldosas de Lilo & Stitch.

Deixo pro final a observação, talvez, menos óbvia. Depois de Titanic e Avatar (ele também dirigiu os primeiros Exterminador do Futuro e outros), James Cameron passou, de um diretor comum, para uma força a ser considerada no mercado cinematográfico. Acho que não é completa ou definitivamente, mas creio que ele puxa um pouco pra cima os orçamentos, põe em jogo mais uma peça na batalha entre grana e criatividade. Não sou obtuso para pensar que depois dele não haverá mais produções alternativas. Aliás, é interessante pensar que há sempre rebotes aos filmes bilionários de Cameron. A Bruxa de Blair (1999) em relação a Titanic (1997), e Atividade Paranormal em relação a este. Só queria questionar se nossa opinião não é mesmo “comprada” por efeitos especiais fabulosos e uma boa dose de mentiras imagéticas que gostaríamos de ver. Sim, o dinheiro compra a felicidade visual!
Lembram daquela pergunta, meio retórica, meio impossível de responder, a respeito da razão e dos efeitos da premiação de Avatar? Bem, vou usar meus privilégios de autor e arriscar uns palpites.  Por um lado, pode e espero que seja um fenômeno pontual (prêmios equivocados às vezes sempre acontecem). Embora no ano passado, a HFPA tenha premiado Quem quer ser um milionário?, mais ou menos tão apelativo quanto o ganhador deste ano, nos anos anteriores foram premiados Desejo e Reparação e Babel, filmes bem mais requintados e artísticos. Sendo assim, esqueçam tudo o que foi dito por aqui e estamos conversados. Por outro lado, pode ser que alguma coisa esteja desequilibrando a delicada balança entre autor e público que vem sendo sacudida desde o início do século XX, ou seja, desde que há público com M maiúsculo. Para atingir o maior público possível, lá na origem do projeto, Cameron escolheu diversas características e trabalhou continuamente para atingir sucesso de mercado. Ótimo, sem problemas! Salvo que parte das pessoas responsáveis por decidir o que se concebe como arte tem premiado filmes feitos para ganhar popularidade! Em outros termos, em vez de buscar a melhor forma possível (em conteúdo, estrutura, linguagem etc.) para sua intuição e suas verdades, ou mentiras, o artista agora pode, ainda timidamente, buscar a aprovação do público e fiar nela também o seu êxito artístico. Ele pode? Popularidade virou mérito artístico? Não sei, “cada um é cada um”, como ruminam por aí, mas tenho cá uma ressalva de que é sempre perigosa esta concessão populista. Estandarte vendido como arte!


Título: Avatar
Original: Avatar
País: EUA
Elenco Principal: Sam Worthington, Zoe Saldana, Sigourney Weaver, Stephen Lang.
Companhia: Twentieth Century-Fox
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0499549/

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Invictus




(Invictus, 2009, 133 min) - Por Guto Leite

No limite do jogo sujo 


Já disse por aqui, noutra ocasião, que não pode ser novidade pra ninguém que Clint Eastwood é um dos melhores diretores destas últimas décadas. Invictus, seu novo filme, ainda nas telonas, se não é brilhante como Bird e Os imperdoáveis, depõe muito a favor da habilidade notável do diretor em contar e escolher belíssimas histórias (o que já são dois talentos).
Em linhas gerais, o filme fala de como o presidente sul-africano Nelson Mandela buscou, durante seu mandato (1994-1999), realizar a transição entre o regime de apartheid e um regime mais democrático e conciliatório. Para isso, Eastwood recuou um pouco, no começo do filme, para o momento de soltura de Mandela, em 1990, e centrou sua narrativa na primeira Copa de Mundo de Rugby conquistada pelos sul-africanos, em 1995 (a segunda viria em 2007 sobre os ingleses, só pra saber).
Parece-me que o maior mérito do diretor neste filme (e não sou especialista na sétima arte) está na delicadeza e precisão com que ele constroi e amarra os dilemas de três grandes líderes para manterem coesos seu grupos. Mandela (Morgan Freeman), que como se diz numa das cenas, precisava evitar o medo e a desconfiança dos brancos – africaners ou descendentes dos britânicos – e o desejo de vingança dos negros. François Pienaar (Matt Damon), o capitão do time, que precisava despertar o sentimento patriótico em seus companheiros para que excedessem seus limites e vencessem os jogos. E, por fim, em segundo plano, Tony Kgoroge (Jason Tshabalala), o chefe da segurança, que, além de comandar agentes brancos e negros num mesmo “time”, deveria lidar com seu passado de humilhações e sofrimentos, noutros termos, precisava lidar com sua capacidade de perdão.
Orbitando esse requintado equilíbrio, ainda no jogo limpo, temos uma atuação muito boa de Morgan Freeman (lembrando bastante sua participação em Um sonho de liberdade), sobretudo até a metade do filme, quando interpreta um Mandela mais humano e menos político. Temos ainda cenas belíssimas de tolerância racial e celebração da igualdade, além de uma trilha impecável, que nos faz lembrar da afinidade do diretor com boa música. Em suma, trata-se realmente de um filme emocionante, disposto a comover o espectador.
Bom, diante dessa missão, que acho que foi tomada pelo diretor (de emocionar quem assiste ao filme), qual o limite do jogo sujo? Uma boa história, saber contá-la, cenas bonitas, boas atuações e trilha; acho que até aqui estamos de acordo que é tudo legítimo para fazer as cadeiras de cinema chegarem às lágrimas. Certo? No entanto, penso que alguns artifícios excedem um pouco a conta, forçam a barra para causar emoção. Por exemplo: na cena da vitória final do time, há uma sequência de tempo considerável em câmera lenta em que surgem imagens da população bastante pobre exaltada pelo título conquistado e das personagens envolvidas se emocionando com o feito. É válido este recurso? Até o mais insensível dos seres sente correr dos olhos uma ou outra lágrima. Eu, que não sou lá tão britânico, tive várias vezes de arrumar uma forma de limpar os olhos e seguir vendo o filme. Me emocionei, claro, na hora, mas saí do cinema com a sensação de que Eastwood havia jogado sujo comigo, que tinha me passado pra trás no campo da emoção.
Para aqueles menos turrões, entretanto, tenho certeza de que Invictus é uma ótima forma de dedicar duas horas e pouco de vida. É mais um bom filme de um bom diretor. É mais um bom filme deste ano que vai passar longe das premiações mais glamurosas (salvo Freeman, que ainda pode ganhar o Oscar), graças, infelizmente, a Avatar. Eastwood continua sendo um diretor, junto com os irmãos Cohen, Almodóvar, Woody Allen, Tarantino, Gus Van Sant, Wong Kar-Wai e outros, capazes de me arrancar de casa e me levar ao cinema, por suas formas peculiares e telentosas de contar boas histórias. Aos outros, prefiro esperar alguns meses e assistir no conforto e no espaço da individualidade.
“I am the master of my fate,
I am the captain of my soul” (“Invictus”, Henley)


Título: Invictus
Original: Invictus
País: EUA
Diretor: Clint Eastwood
Elenco Principal: Matt Damon, Morgan Freeman, Tony KgorogePatrick Mofokeng;

Companhia: Warner Bros. Pictures
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1057500/

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